Empresa ajuda moradores a gerenciar recursos disponibilizados pelo Incra

Um assentamento de reforma agrária, em Bocaíúva, Norte de Minas, é modelo de organização e otimização de recursos, graças à capacidade de mobilização das 71 famílias assentadas, representadas pela Associação dos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento (PA) da Fazenda Santa Engrácia, e do suporte técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

A empresa pública mineira presta assistência aos assentados desde outubro de 2006. Segundo o extensionista agropecuário e engenheiro ambiental, José Odair Pereira dos Santos, técnico da Emater-MG, que atua no local, as famílias executam atividades de rotina da agricultura familiar, como o plantio de arroz, feijão, mandioca e milho, e a criação de animais como galinhas, porcos e bovinos.

A Emater-MG desenvolve ações da política de reforma agrária do Instituto Nacional de Colonicação e Reforma Agrária (Incra), como a elaboração de projetos para aplicação de recursos destinados pelo Incra. Também executa serviços para tornar mais fácil o dia a dia das famílias do PA Santa Engrácia, negociando parcerias com instituições e órgãos públicos para implantação de projetos de apicultura e agroindústria de cana-de-açúcar, além da comercialização dos produtos alimentícios produzidos no assentamento (Programa de Aquisição de Alimentos/PAA) com a Conab, e do abastecimento de água potável com carro pipa, entre outras demandas.

Mas o que tem provocado maior impacto no Assentamento Santa Engrácia é a gestão dos recursos disponibilizados pelo Incra para a construção das moradias. A verba no valor de R$ 1 milhão e 50 mil para aquisição de material de construção ou R$ 15 mil para cada família fazer uma casa com sala, cozinha, três quartos, um banheiro e fossa séptica, parecia pouco, mas com a adoção de medidas adequadas, rendeu bons resultados.

“Diante do montante do recurso, que aparentava muito, mas que era pouco para as ações, a Emater-MG discutiu com as famílias a melhor forma de aplicação. Assim, buscamos alternativas para economizar nos custos do material de construção e da mão de obra necessária”, conta José Odair. Um dos trunfos, segundo o engenheiro ambiental da Emater-MG, foi a fragmentação da licitação para compras, que dobrou o número de fornecedores de materiais necessários, tornando os preços mais acessíveis e ampliando o poder de negociação da Associação dos Produtores.

De acordo o extensionista, 51 casas substituíram a estrutura do telhado, que seria de madeira, para ferro, o que representou uma economia de mais de R$ 15 mil, dinheiro que foi revertido em mais melhorias. Portas e janelas também tiveram o custo reduzido, adotando a estrutura de ferro. Um outro ganho foi a utilização de um sistema de tratamento de esgoto doméstico, a partir de um modelo de fossa séptica biodigestora, criado pela Embrapa Instrumental Agropecuária. Com a orientação da Emater-MG, os assentados instalaram a estrutura, mais barata que as convencionais, economizando mais uma vez no material e na mão de obra.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/emater-mg-ajuda-assentamento-de-bocaiuva-a-gerenciar-melhor-recursos-de-reforma-agraria/

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